O oitavo pecado capital

Li recentemente um artigo na revista cristã “First Things” que me mostrou a essência da pornografia: não é social, nem uma expressão de carência afetiva ou física, mas a  expressão de um problema espiritual de maior gravidade.

A raiz da questão se acha em um dos “oito pecados mortais”.

Muitos conhecem os sete pecados capitais. Mas, historicamente, sempre houve oito. O que caiu em “desuso”, por assim dizer, é o conhecido como “Acédia” (uma palavra do latim que ainda não tem uma correspondência na língua portuguesa moderna).

Esse pecado pode ser definido como: “O vício de duvidar do amor de Deus e o abandono da busca de achar o seu prazer Nele”.

Segundo Gregório, (o grande monge que virou papa dos católicos e tornou-se conhecido como o pai do estilo de música sacra chamado Canto Gregoriano), esse vício tem seis filhas: malícia, ressentimento, fraqueza de vontade, desespero, lerdeza no obedecer os mandamentos e a errante inquietação da alma.

A ERRANTE INQUIETAÇÃO DA ALMA

Essa filha da Acédia é a causadora de voyeurismo (o desejo de ver o que não deve, também conhecido como “a cobiça dos olhos”).

Em 1 Jo 2.15-17 achamos a seguinte anatomia do pecado:

“Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo – a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens – não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

Tomás de Aquino, na obra literária “Summa Teológica”, disse que o passeio do olhar (inspectio spetaculorum) se torna pecaminoso quando nos torna propensos aos vícios de lascívia ou crueldade por causa das coisas vistas. De fato, a Igreja sempre soube que o desejo dos olhos e da carne se retroalimentam e reforçam um ao outro. Seja pela barbárie de um programa como o do Ratinho, pela indiscrição de um BBB, ou por um website pornográfico, esses pecados brutalizam e criam uma compulsão avassaladora e escravizante.

A pornografia acaba se alojando na alma da pessoa presa por esse tipo de pecado e a torna escrava, sem, no entanto, fazer com que ela alcance a verdadeira satisfação. sempre deixa um vazio ainda maior.

Pior, o escravo deste pecado despreza o valor transcendente do ser humano e acaba apagando do seu  imaginário o sagrado – literalmente a imagem de Deus no seu próximo. Em outras palavras, a pessoa se torna um objeto somente. Essa frieza adentra a alma e apaga a luz de Deus que nela está. Por isso

Jesus disse em Mateus 5.27:

“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’. Mas eu lhes digo: Qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno”.

E, em Mateus 6. 22:

“Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!”

Castidade – a única alternativa - Castidade não é um medo ou ojeriza da sexualidade, mas a valorização da natureza sagrada do ser humano, inclusive no que diz respeito a sua privacidade e o exercício sacro da sua sexualidade.

Mas a castidade sexual é uma consequência direta da castidade espiritual. Castidade espiritual é a união das suas afeições a Deus somente. Ele, afinal, é o único merecedor de todo o nosso amor.

Por isso é que diz em Deuteronômio 6.4:

“Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração.”

 A única defesa contra a pornografia

Se a nossa alma não estiver cheia de Deus, viveremos necessariamente a “errante inquietação da alma”. A alma tem sede. A alma tem fome. Se houver um vazio, faremos por onde para enchê-lo. Se não estivermos cheios de Deus, nossa alma vagará buscando o que poderá enchê-la. Mas não existe alternativa. Não existe o que possa encher a alma sedenta. Como disse Agostinho, no seu livro “Confissões”: “A minha alma vivia irrequieta até que achou pouso em Ti”.

Pela devoção a Deus, pela leitura das Sagradas Letras e pela oração descobrimos uma paz e um silêncio íntimo que, quando cultivados, fazem com que as coisas vãs, sujas e efêmeras deste mundo nos pareçam o que são – uma mesa de imundície repulsiva para quem já se alimentou de finos manjares celestiais.

Em resumo: quanto mais cheio de Deus, menos espaço sobra para qualquer outra coisa.

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