Nos últimos dias tenho sentido uma vontade enorme de escrever sobre as mulheres e a sua feminilidade. Talvez seja um incomodo do Senhor, talvez seja só uma mera reflexão minha, não sei ao certo. O que sei é que isso tem mexido comigo de uma forma forte. Ver mulheres vivendo a sua vida sem feminilidade é algo realmente inquietante para mim. Por quê? Porque sou uma mulher e quero viver da forma que o meu Criador me criou para viver.
Segundo o dicionário a palavra feminilidade significa:
“caráter próprio de mulher; qualidade, modo de ser, de viver, de pensar, próprio da mulher”
E com as minhas palavras, depois de ler sobre o assunto em livros e na própria Bíblia, eu definiria como o jeito único de se expressar da mulher, o jeito como se fala, como se veste, como anda, como age e reage, como olha, etc. Algo que a identifica como um sexo totalmente oposto ao homem. Delicada e ao mesmo tempo forte, sensível e ao mesmo tempo firme, suscetível e ao mesmo tempo cautelosa. Características dadas por Deus, que apesar das diferenças que existem, conseguem uni-las por causa da sua essência. Pronto, agora com essa definição fica mais claro! Bem, aí você me pergunta o que eu quis dizer quando digo que a falta de feminilidade de muitas mulheres tem me chamado a atenção. Explico. Depois que fui convertida, passei a ler muitos livros escritos por autoras cristãs e a partir daí minha mente se abriu para assuntos que antes eu não dava muita atenção. Um desses assuntos é justamente o que é ser mulher de Deus.
Gosto muito de ler Provérbios 31. Esse é um dos capítulos que mais me falam do que realmente importa aos olhos de Deus. Ao meditarmos um pouco veremos características da mulher exemplar. Ela é confiável, cuidadosa, trabalhadora, confiante, acolhedora, etc. Mas dois versículos me chamam muito a atenção: “Reveste-se de força e dignidade; sorri diante do futuro. Fala com sabedoria e ensina com amor.” (Vs 25-26) Essa mulher é forte e confiante, mas ao mesmo tempo é sábia e delicada. Nossa, isso é fantástico! Ela não perde a essência do ser mulher, apesar de ser forte e confiante. Isso é toda a questão e o motivo de eu estar escrevendo. Muitas jovens que conheço perderam um pouco ou muito dessas características. Elas são fortes, firmes, mulheres de Deus, confiantes, mas o primeiro grupo dessas mulheres que perderam um pouco de sua feminilidade, acham que ir além disso as tornaria suscetíveis ao sofrimento e que isso não é admissível. O segundo grupo ( e falo isso, porque tenho muitas amigas que viveram essa experiência ), pela pressão que a vida fez, tendo que tomar conta de suas casas, tendo que crescer antes do tempo, deixaram seus sonhos e idealizações de menina e tornaram-se “mulheres” antes do tempo, lutando hoje para achar o que se havia perdido numa adolescência vivida de forma atropelada. Pelo pai que não disse o quanto ela era linda, que ela era a princesa dele, que deixou de expressar o quanto a amava, que deixou de colocá-la no colo e dizer quão importante ela era. Pela mãe que se tornou omissa e não teve tempo de brincar de boneca com a filha, de arrumar o cabelo dela e de sair para o salão juntas. Pelo destino que, às vezes, as obriga a se fecharem, por não saberem o que o futuro prepara para elas. Já o terceiro grupo são meninas/mulheres que simplesmente não gostam de parecer mulheres! Perdoem-me se as palavras parecem duras demais, mas é de fato isso que acontece. Elas se vestem, articulam e na grande maioria das vezes, estão sempre perto de homens. Não que essas características por si só revelem alguém que não é feminina. Não! Mas por trás disso existem corações que acham desnecessário se expressar, se vestir e ser como uma mulher.
Em 1 Pedro 3:3-7 diz: “A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e jóias de ouro ou roupas finas. Pelo contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranqüilo, o que é de grande valor para Deus. Pois era assim que também costumavam adornar-se as santas mulheres do passado, que colocavam a sua esperança em Deus. Elas se sujeitavam a seus maridos, como Sara, que obedecia a Abraão e lhe chamava senhor. Dela vocês serão filhas, se praticarem o bem e não derem lugar ao medo. Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações.” Acho muito bom esse texto, porque nos lembra que nós precisamos ser dóceis e que isso significa, segundo o dicionário, alguém doce, mansa, meiga, obediente, submissa. É exatamente isso que Deus espera de nós, mulheres! Um pouco mais na frente Pedro exorta os homens a serem sábios com suas mulheres e a tratarem-nas como parte mais frágil, mas aí fica a pergunta: como nossos namorados e futuros maridos podem nos tratar assim se nós não deixarmos?
Mulheres, vamos voltar a essência, vamos ser aquilo para o qual fomos criadas. Podemos e devemos ser diferentes! Não precisamos ser barbies com o mesmo rosto e modo de agir, não! Deus ama a diferença, por isso Ele criou cada pessoa de um jeito único, mas existem qualidades que precisam identificar o quão femininas somos. Precisamos lembrar que apesar de todas as responsabilidades e a despeito do que passou, somos seres frágeis e delicados, que precisam deixar-se ser cuidadas.
E aqui, para terminar, fica só um alerta: eu não estou dizendo para ninguém sair por aí falando com um tom melindroso, para deixar de vestir certos tipos de roupas, para parar de andar com meninos nem nada disso. O conselho aqui é mais para como vamos ser quanto ao nosso caráter do que qualquer outra coisa. As feministas (feminismo: diversos movimentos, teorias e filosofias advogando pela igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses) que me perdoem, mas pensamentos assim não provém de Deus e estão longe do sonho d’Ele para as nossas vidas. Pelo contrário, quanto mais achamos que somos iguais aos homens, mais nos afastamos da plenitude para a qual fomos criadas. Há uma beleza, uma raridade, uma unicidade em ser mulher. Deus e os verdadeiros homens sabem reconhecer isso.
Deus abençoe,
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