Jesus não quer ser celebridade

Jesus sempre foi uma figura intrigante. Algumas de suas reações nos fazem ficar admirados, outras nos inspiram e até algumas delas nos chocam. Aquilo que mais me deixa intrigado ao ler os evangelhos é perceber que as ações de Jesus, tudo aquilo que Ele fez e falou foi proposital; nada escapou de seu controle. Todo o registro recebeu o cuidado de Deus sendo preservado para que todos pudessem sustentar uma mensagem. Analisando o evangelho a luz dessas verdades entendo que Jesus nunca intentou em ser famoso como uma celebridade, ele foi contra isso.

Ao invés de andar com pessoas influentes, Jesus se relacionava com a escória da sociedade (Marcos 2:16), fugiu de seus fãs e platéia (Marcos 1:35-38), não se auto-promovia (Marcos 1:40-45), promoveu escândalos e polêmicas (Marcos 11:15) não estava preocupado em agradar sempre o público (Marcos 10:13-14), não era político com os ricos que poderiam alçar sua carreira (Marcos 10:17-22). Ler esses relatos sabendo que Jesus fez tudo isso de propósito me leva para outra questão intrigante:Como alguém tendo a oportunidade de nascer onde quisesse nascer e ser quem quisesse ser optou por ser quem Jesus foi!? Se me fosse dada a oportunidade de nascer em qualquer lugar e ser qualquer pessoa, definitivamente eu não escolheria manjedoura e nem carpinteiro. Não é intrigante pensar sobre isso? O sucesso e a fama sem dúvida seriam os melhores canais para que todo o mundo pudesse ouvir, saber, admirar, respeitar, aplaudir, seguir e até mesmo adorar alguém. Basta analisar a vida de algumas celebridades para constatarmos isso. Mas não foi essa a escolha de quem realmente poderia fazer qualquer escolha. Jesus não escolheu o caminho de uma celebridade, e começamos a entender isso quando olhamos para a sua própria missão: Ele veio para revelar ao mundo a intenção de um Deus em ser conhecido e não famoso. A fama impõe certas reservas e distâncias que não sustentam relacionamentos, porque relacionamento é privilégio daqueles que são conhecidos, não dos que são fãs. E esse é o desejo de Deus em Jesus. “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” João 15:15.

Mas isso não é tudo. Ainda sim nos resta outro questionamento intrigante: se Jesus não quer ser uma celebridade, por que o tratamos como tal? Em minha simplória interpretação o que posso entender do verso é que a diferença básica entre o servo e o amigo está na qualidade de “conhecer”, e pensando na dinâmica do trecho “tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” entendo que Jesus estava confiando aos seus discípulos “o tudo”. O que acontece aqui é muito parecido com uma amiga que chega para outra e diz: “mulher, me conta tudo!”. Ali sabemos que há muita intimidade. Com esse plano de fundo na mente peço a permissão para convidá-lo a pensar um pouco sobre como os servos desse verso (João 15:15) se assemelham muito com os fãs que vemos nos dias atuais. Um fã que se preze sabe muita coisa sobre o seu ídolo além de ter: a camisa do ídolo, o perfume do ídolo, o corte de cabelo do ídolo, os trejeitos, a voz parecida e até mesmo a agenda dele Mas uma coisa que um fã não tem de seu ídolo é a sua intimidade. É exatamente nesse cruzamento onde fãs de hoje se encontram com os servos que João descreve.

Muitos “cristãos” hoje estão mais parecidos com fãs do que amigos, enquanto Cristo representa uma celebridade, como um famoso que na maioria das vezes só encontramos onde existe platéia e palco, em dia e hora marcada, com distância mínima de 30 metros e se tivermos muita sorte podemos um dia esbarrar com Ele em algum lugar. Isso é um paradoxo interessante, porque todo fã diz que tem o sonho de encontrar seu ídolo cara a cara, mas quando isso realmente acontece existe um grande sentimento de pânico ou no mínimo um clima desconcertante, simplesmente pelo fato de não haver intimidade. Fãs preferem acompanhar o ídolo a distância, em posters no quarto, tv e internet. Afinal chegar perto seria um risco de se expor. A verdade é que, para eles, uma foto ou autográfo já é o suficiente.

Amigos já são bem diferentes. Não nos contentamos em vê-lo a distância; queremos abraçá-lo e se for no trânsito, buzinamos, baixamos o vidro do carro, gritamos mesmo quando não temos nada pra dizer. Estamos à vontade. A saudade não me permite ficar sem me comunicar com eles e sempre que posso quero tê-los por perto seja para quando estou feliz ou triste, a presença de certos amigo é prioridade, os lugares que andamos, o que assistimos e até o que comemos é definido em parte por nossas amizades. Como é bom tê-los em nossas vidas!

Se ao sair de casa hoje e sem estar esperando me esbarrasse com Jesus na rua, quem eu seria!?

Ele não quer ser tratado como uma celebridade.

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