Fazendo discípulos no boliche

 

Jesus foi bastante claro quando disse: “Façam discípulos” Mt 28:19. No entanto, ao longo dos anos temos visto a grandeza desse chamado e seus desafios gigantescos. Nesse sentido, as igrejas de hoje precisaram voltar ao livro de Atos (que ensina basicamente como os cristãos primitivos faziam e eram igrejas e como evangelizavam) para realmente voltar a fazer uma diferença na sociedade na qual vivem e fazer novos discípulos. Os primeiros cristãos vivam tanto em casa em casa como nos grandes ajuntamentos. Atos relata o seguinte testemunho: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (2:42) e nos verso 46 e 47 é dito: “Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos”. No final o que o texto está dizendo é que eles viviam devorando a Bíblia, orando constantemente e se relacionando profundamente. Eles faziam discípulos, por causa da graça soberana de Deus.

Mas pulemos 2000 anos agora. Eu sou líder de pequeno grupo na minha igreja local e isso tem sido uma fonte de grande alegria para mim, porque não existe nada melhor do que ser usado, ser edificado e viver relacionamento com os caras que eu lidero.

Fazendo discípulo no boliche não é uma defesa para que todo pequeno grupo ( ou célula) vá para praticar esse jogo. Não é isso, mas é uma crítica fundamentada na experiência e na vida de Jesus.

O que estou defendendo nesse post é simples: se você, líder, resumir seu pequeno grupo a apenas uma reunião formal semanal ou quinzenal, você nunca fará discípulos verdadeiros. Por quê? Porque é necessário se relacionar de maneira mais profunda para que aja transformações mais profundas. Isso significa que apenas um encontro semanal não serve. A reunião é importante, claro. Temos que abrir a Bíblia continuamente, orar constantemente e aprender mais sobre o que Deus quer para nós. Devemos ser cristocêntrico no pensar, no sentir e no fazer. No entanto, esse método sozinho é insuficiente. Ele defeituoso em alguns aspectos. Ele não eficaz, por isso Jesus não se utilizou somente dele.

Na minha experiência, percebi que Jesus não só quer que eu seja parecido com ele (Mt 10:24; Rm 8:28; 2 Co 3:18; 1 Jo 3:2,3) como quer que eu lidere como ele. O que Jesus, meu Mestre, fez foi simples: ele uniu o “formal” e o relacional. Você vê Jesus parando e ensinando os discípulos como se estivesse em sala de aula. O sermão do monte é uma prova disso, embora seja em céu aberto. Mas você mesmo percebe, quando lê os evangelhos, que Jesus está ensinando não somente através de palavras, mas através de momentos, nos quais os discípulos podem enxergar como o Mestre faz. Jesus também se aproveitava de dúvidas, de circunstâncias e momentos para ensinar a verdade. Nesse sentido, o líder deve estar preparado para não desperdiçar uma oportunidade dessa.

O grande problema dos líderes de pequenos grupos ou de células é porque eles tendem a escolher um dois extremos e assim deixam de liderar como Jesus. Alguns líderes super valorizam os relacionamentos e o pequeno grupo acaba se tornando apenas um encontro de amigos ou mini clube. Geralmente, esses pequenos grupos são alegres e superficiais.  Não há muita transformação, ninguém fala sobre assuntos importantes como o evangelho, como pecado, como a obediência deve ser característica de todos os cristãos verdadeiros.

No outro extremo, existem líderes que tendem a fazer do pequeno grupo a plataforma de lançamento do seu ministério da pregação. Eles querem pregar apenas. Eles querem explicar que palavra era aquela no grego, o que o texto realmente quer dizer, mas quase nunca se pergunta “o que você acha que esse texto diz a sua vida?”. Eles estão presos na masmorra do saber, não do viver. Eles mal compartilham, mal conversam, mal se relacionam, gerando até cristãos mentalmente bíblicos, mas cristãos imaturos no viver.

O que queremos com esse post é gerar uma reflexão e um equilíbrio entre esses dois aspectos: ensino e relacionamento. Na verdade, queremos que vocês sejam parecidos com Jesus. Estou na caminhada e ainda falta um longo caminho pela frente. Mas digo com convicção: é possível fazer discípulo no boliche. E lembre-se do que acontecia na igreja de Atos: ” E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos”. Quando vivermos como cristãos primitivos e atuais,  Deus certamente agirá.

Fazer discípulo é obra de Deus e nossa. Fazer convertidos é obra só Dele.

 

Escrito por:

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Discipulos ou idolatras alienados?

Thais 22-03-2012
Os caras confundem,e se tornam discípulos de homens.
Seguem á risca o q esses mercenários,vampiros do evangelho,ditam.
Idolatria pura.

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