Ex-Guitarrista do Novo Som fala sobre sua saída da banda

16-01-2010 13:49

REGINALDO FRANCO: Ola Joey, Muito obrigado por me permitir esta exclusiva sobre sua saída do Novo Som.
JOEY SUMMER: Imagina, obrigado pelo contato.
RF: Como foi decidido isto? Teve algum motivo especial, que você possa ou queira falar?
JS: cara, não foi nada de ‘do outro mundo’, (risos) eu já tinha esta vontade a algum tempo mas eu nunca quis deixar a banda na mão, sendo assim, devido a vários momentos complicados que a banda vinha atravessando, digo a nível de mercado, na demora de lançar um álbum novo, etc… eu fui adiando a decisão. Acho que agora a banda está com o material novo (muito bom por sinal) e nesta nova etapa, eu achei que seria o momento deles contarem com um guitarrista novo, com frescor de ‘novidade’, entende? Cheio de gás.
RF: Como a banda recebeu?
JS: Bom, ficaram tristes pelo lado pessoal né? Normal isto, eu também, parte minha vai estar sempre ligado a eles. Mas, “vida que se segue!” Não podemos nos apegar a momentos ou nos acomodarmos com o que já conquistamos, ou jamais viveremos o amanha e o que ele nos trás.


RF:
Li algumas declarações de fans pela internet (Orkut pra variar, risos), alguns insinuavam que você teria usado o Novo Som para adquirir notoriedade e alavancar sua carreira, isto seria verdade? Sendo bem sincero, derrepente não propositalmente?
JS: Olha, só alguem sem realmente nada na cabeça pra ficar pirando com estas ‘teorias’, te digo o porque; 8 anos e derrepente eu pego e saio do Novo Som para dar inicio a uma carreira solo no mercado secular onde niguém conhece a banda e muito menos meu trabalho com eles. Mesmo que conhecessem, meu estilo musical hoje em nada tem a ver com o pop soul do NS e consequentemente em nada somaria a minha carreira. Aí eu te pergunto: Alguem que quisesse se ‘aproveitar’ de alguem largaria tudo o que batalhou junto com ela para se lançar no total anonimato de uma carreira começando do zero? Somente pessoas de mente muito pequena e afim de contendas pra insinuar algo assim. Por estas e outras razões que deixei em nota oficial no meu site tudo o que eu tinha a dizer para que qualquer pessoa ainda que por menos instrução que tenha, possa entender perfeitamente.


RF:
Sendo assim, fica agora mais do que claro que você não pretende se lançar no mercado ‘gospel’?
JS: De jeito nenhum! Nunca quis! Eu gravei um CD cristão literalmente porque sou cristão e sempre serei. Até o Roberto Carlos gravou ‘Jesus Cristo’, e ele não é evangélico. Eu sou músico, Deus me deu este talento e o uso também na minha sobrevivência. Um médico por ventura só pode clinicar para crentes se ele for crente? Ou um engenheiro só pode construir igrejas? Música é a minha profissão sendo assim, nada mais justo do que falar do que eu acredito. Mas eu jamais quis ‘ligar’ minha carreira solo ao mercado cristão. Hoje eu vejo isto ainda mais claramente, principalmente quando eu ouço tanta besteria que sinceramente eu nunca ouvi quando tocava no meio secular a muitos anos atrás. Uma das coisas que me deixa muito triste é ver como o povo cristão é murmurador, nunca nada está bom, estão sempre reclamando. Moisés não me deixa mentir. Ele foi um mártir por excelência mesmo, o povo de Israel torturou demais o pobre homem e olha que não tínhamos o famigerado Orkut. (muitos risos)


RF:
Alguma possibilidade de uma volta, Joey?
JS: Não, nenhuma. Foi maravilhoso enquanto durou mas hoje é passado. Guardo com carinho mas passou. Tenho um carinho enorme e profundo pelo o Alex a quem considero como a um irmão, nos falamos estes dias por telefone e tivemos ainda mais esta certeza, fiquei com os olhos cheios de água falando com o ‘mestre’ (como eu o chamo carinhosamente) somos parte de uma família. Geraldo Abdo meu brother e parceiro de gravações e toda a galera mas, passo dado não tem volta. Se não agente não avança nos nossos objetivos. Mas continuamos a ser amigos sempre e com muito afeto e carinho uns pelos outros. Eles fazem parte da minha trajetória neste mundo. Claro que sempre estarei a disposição deles para qualquer projeto musical que queiram me incluir como convidado, somos amigos acima do profissional e é sempre uma festa quando tocamos juntos. Mas vamos em frente…hehe.


RF:
Como você lida com as críticas?
JS: Se forem direcionadas e enviadas a mim, eu as analiso e as respondo sem problemas. Críticas fazem parte. Eu tenho e-mail, Orkut, Blog, quem quiser criticar o meu trabalho de forma civilizada, eu estou acessível através de todos estes canais e lido com muito carinho com quem me procura. Agora, só acho que quem critica para se promover no Orkut ou comunidade ou blog alheios, está perdendo um precioso tempo. Ao invés de ficar pendurado na internet se achando ‘o cara’ e pondo defeito nos outros, deveriam produzir algo. Já disse isto em uma entrevista anterior a algum tempo atrás. O cara que entra no camarim ou sobe no palco pra assistir um show da banda (isto acontece muito), aperta a mão de todos e depois vai pra internet falar besteira, é um ilustre senhor “quase lá”. Na verdade é um frustrado, ele quase gravou um CD, quase aprendeu a tocar um instrumento, quase ficou famoso, quase teve suas músicas executadas pelo país a fora, etc, etc, é um ’senhor quase-lá’ (rindo muito). Eu nunca disse que eu era perfeito ou que lutei a vida toda pra ser, eu apenas faço! Meto as caras e faço e na maioria das vezes, fico muito feliz com o resultado. Cara, eu tenho um CD lançado independente que acabou chegando na europa, (Nascer) sendo executado em rádios na Alemanha e Suécia, hiper bem criticado lá fora por quem entende de rock AOR, pelo próprio Kee Marcello, ex-guitarrista de uma grande banda sueca chamada Europe, quem quiser conferir é só acessar o site dele: www.keemarcello.com/home e em fim, todos que adquiriram este álbum gostaram bastante. Isso para a minha pessoa é caracterizado sucesso. Se você vende 1000 ou 10000 ou 25 milhões de cópias de algo que pra você é muito bom e te realiza, pode não ser Hollywood mas é o sucesso! (risadas)

RF:
Joey, primeiramente obrigado pela honra de me enviar uma música do seu novo trabalho. Gostei muitíssimo. Você está tocando demais neste último trabalho, porque a direfença de estilo e pegada comparado à sua performace nos álbuns do NS. Não que eu não tenha gostado, claro!
JS: Cara, meu jeito de tocar é o mesmo a 23 anos. Sou fan de john sykes, David Gilmor, Bryan May, em fim, sou da ‘old school’ do rock. A diferença é que quando você toca o que produz, você toca como quer e não como querem que você toque. Derrepente, só derrepente, eu me senti mais a vontade gravando no conforto do meu estúdio o que eu quis gravar e da maneira como eu quis. Tem de haver diferença né?
RF: Com certeza! Este CD novo sai por alguma gavadora?
JS: Estou batalhando nisto! Coisa boa vem poraí e te digo que se depender do repertório e dos convidados, já é ’sucesso’! Lembra da minha teoria? (rindo) Tenho pelo menos 2 medalhões do rock pesado europeu tocando no álbum, o baixista do Jaded Heart (banda de hard melódico da Alemanha), Michael Muller e o tecladista do ‘Street talk’, Fredrik bergh, banda sueca do ex-vocalista do guitarrista Yngwie Malmsteen, Goran Edman. Fora isto estou escrevendo com compositores muito bons pra este disco. Um deles é Paul Sabu, o cara que descobriu e produziu o primeiro álbum da cantora americana Shania Twain. Uma das músicas que assino com ele é o próprio título do álbum ‘Written On The Horizon’. Um hard’n heavy muito instigante com refrão muito forte e melódico.
RF: Uma volta aos anos 80?
JS: Olha, se alguem me acusar de ser oitentista, é um elogio e tanto, porque depois dos anos 90 nada mais me emocionou e a boa música desta época está voltando com força total na Europa, sorte a minha. Por este motivo estou empolgado na confecção de um álbum de rock clássico, AOR. Se você for emo, passe longe dele ou pode correr o risco de aprender a curtir boa música! (mais risadas)


RF:
Concordo! O que você acha da internet como meio de divulgação? Hoje ela já é fundamental? Porque não dizer, indispensável?
JS: Com certeza é importante mas tem dois lados esta ‘moeda’. Por um lado os músicos hoje estão compondo, ou tentando compor melhor, porque o publico já decide na hora o que quer ou não ouvir. Por outro lado muita gente sem nenhuma sabedoria ou conhecimento de causa, tem acesso a este grande veículo e abre a boca pra falar besteiras sem medir causas para isto. São dados os famosos 5 minutos de fama para qualquer um ‘estender roupa no varal’. Um vêz me enviaram um link, para o meu e-mail, de uma pessoa que dizia que eu fiquei tanto tempo no Novo som porque como eu não era famoso, a banda deveria me pagar menos e com isto economizar uma grana. Eu quase tive um acesso de riso! Ironicamente, eu fui o guitarrista ‘convidado’, que teve o cachê mais alto já pago pelo Novo Som. Mas isto é um detalhe, porque se música fosse apenas dinheiro para mim, eu não teria deixado tudo para correr atrás do meu próprio ideal solo. E deixado tudo mesmo, no sentido real da palavra, pois ninguém pense que irei ficar usando o nome do Novo Som para promover o meu trabalho. Se eu quisesse fazer isto, teria feito durante a minha estada na banda. Isto seria muito cômodo, eu estou atrás agora é de desafios mesmo! Fazer acontecer por mim mesmo.


RF:
Boa esta! Você está produzindo este álbum também? Como fez com o ‘Nascer’?
JS: Sim! Definitivamente eu sei o que ‘não’ quero, sendo assim o resto eu sei…haha. Claro que estou me referindo ao meu próprio trabalho e produção, sem mega pretensões, existem muitos produtores conceituados por este mundo a fora. Eu não poderia deixar de produzir, é a parte que mais amo depois de compor.


RF:
Bom Joey, apesar do álbum ser secular, você se mantém na fé, certo? Poderemos esperar um próximo CD ‘gospel’? Aproveite para deixar suas despedidas e muito obrigado pelo carinho de nos atender com tanta simpatia e nos desculpe os chiados do telefone, preciso concertar isto! (rindo muito)
JS: Hahaha…imagine, o meu está disputando chiado com o seu então. Cara, se eu me mantenho na fé? Te digo uma coisa; Nunca me senti mais ligado com Deus na vida! Tenho tido experiências verdadeiramente ’sobrenaturais’ com Ele. Restauração de vida mesmo! claramente hoje eu sou mais cristão do que fui ontem, ou do que eu achava que era. Minha igreja é uma benção e tem somado de forma absurda na minha vida. Não consigo me imaginar longe de Deus, nunca mais! Tudo o que tenho conseguido tem sido dado a mim por Ele e sou grato todos os dias pelo seu amor e credibilidade em mim. Quanto a um CD cristão, definitivamente sim, não necessariamente lançado exclusivamente no mercado evangélico mas eu hoje me sinto livre para escrever sobre o que eu quiser, na verdade sempre fui, só estou exercendo esta liberdade com mais propriedade agora. Quero me despedir dos meus amigos e fans que conquistei e me conquistaram ao longo de todos estes oito anos, dizendo que jamais perderemos o contato, estarei sempre ligado a eles de alguma forma e sendo sempre grato pelo carinho deles. Quanto aos ‘amados faladores’, guardem a língua porque ela contamina o corpo todo e principalmente usem mais o seu tempo para produzirem e não para criticarem. É muito confortável criticar os outros sem por a cara na rua para serem também criticados. Corram riscos e façam mais do que simplesmente falarem, como diz o ditado: ‘falar é fácil’ fazer é que é complicado. Claro que eu aceito críticas mas de pessoas que tenham pelo menos passado pela metade do que eu já passei na minha vida, dentro e fora da música e também não faz mal nenhum se ela tiver pelo menos um disco de sucesso na praça e for conhecida pelo que ela faz e não pelo que ela diz fazer. (mais risos)
Galera, estejam sempre direcionados pela vontade de Deus. Não façam nada sem antes ter a direção e aprovação de Deus. Estamos vivendo dias muito difíceis onde o amor das pessoas praticamente não existe mais e a fé esta cada vez mais frágil como bolhas de sabão. O saudoso Janires ( Rebanhão ) já cantava sobre este dias! Ele foi um cara de Deus e viveu com Ele! Busquem estes bons exemplos.
Fiquem ligados no meu site oficial para acompanharem as novidades. Um abraço a todos e obrigado a você, Reginaldo, pelo carinho e contato. Paz!

Por Reginaldo Franco

 

Fonte: Gospel News / Folha Renascer

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