A morte de Deus

Sinceramente, isso é inacreditável. Se não fosse revelação divina, eu nunca ousaria pensar algo assim. Deus morrendo na cruz? Sério? Sim. E, por mais louco que pareça, essa é uma grande e maravilhosa notícia! Ilógico, não acham? Como a morte de alguém pode ser uma notícia boa? Como a morte de alguém pode ser a única esperança? Como cristãos poderiam abraçar a cruz como o símbolo supremo de sua “religião”? Não era a cruz uma das piores formas de tortura? Não era a cruz que deveria ficar não somente longe dos cidadãos romanos como dos seus lábios e ouvidos? Como um homem que se dizia Deus morrendo numa cruz poderia ser uma vitória, uma celebração, uma esperança ou um novo caminho?

A grande verdade é que não era apenas um homem na cruz. Jesus Cristo era e sempre será Deus ( Mc 10:17,18; Jo 8:58,59; Jo 10:30-33; Jo 14:6; Jo 1:1; Tt 2:13). Portanto, na cruz, por assim dizer, Deus Filho morria. Aquele que sempre existiu, morreu numa cruz. Inacreditável? Agora nós começamos a perceber a lógica divina por trás dessa cruel morte. Não temos tempo para falar da tortura que precedia a crucificação, dos sofrimentos incontáveis que a vítima sofria e da morte cruel por asfixia que acontecia quando uma pessoa era crucificada. Mas temos tempo para falar porque a cruz se tornou em boas novas! A melhor de todos os tempos! A única que pode salvar!

1 Co 15:3 diz: “Cristo morreu pelos nossos pecados…”. A morte foi dele, mas os pecados foram nossos. Em resumo, Cristo morreu em nosso lugar. Ou seja, foi uma morte substituta. Seria como estar condenado a morte e, no dia da sentença final, descobrir que uma pessoa voluntariamente enfrentará a sentença de morte que nos era devida em nosso lugar. E, por mais louco que possa parecer, nós sermos agora, não mais sentenciados a morte, mas a vida. Estamos livres. Bom, a analogia falha em muitos sentidos, mas é precisa quanto a substituição. Jesus morreu a minha morte. Ele pagou o meu preço. Por causa dele, estou vivo agora.

No entanto, a cruz é ainda mais profunda e escandalosa do que conhecemos. 2 Co 5:21 diz: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus”. Jesus era sem pecado (Jo 8:46). Mas Deus o tornou pecado. Isso significa de forma clara que Jesus foi tornado alcoólatra, sem nunca ter ficado bêbado. Homossexual, sem nunca ter tido uma relação homoafetiva. Mentiroso, embora nunca mentiu. Ladrão, embora suas mãos nunca tivessem roubado. Assassino, embora nunca tenha matado ninguém. Viciado em pornografia, embora seus olhos nunca se prestaram a tal papel. Jesus se tornou o pior de nós para que a gente se tornasse o melhor que pudéssemos ser, ou seja, igual a Ele. A grande verdade é que Jesus fez uma troca na cruz. Ele se tornou o que de pior nós éramos e ele nos deu o que de melhor ele era (e é).   Ou seja, ele nos deu a sua justiça, sua retidão, sua graça.

O que aconteceu na cruz mudou a história da humanidade. Não há outro caminho, não há outra esperança, outro meio, outra forma de escapar do inferno, da condenação merecida e da ira de Deus que virá um dia. Apenas esse. Não seja bobo e ingrato o suficiente para pergunta: “por que apenas um caminho?”. Antes, meu amigo, tenha tremor e amor ao lembrar que há um caminho imerecido para pecadores sujos e corrompidos. Há um caminho para salvação, transformação e mudança. Sim, há. É a cruz de Jesus. Amigos, só há porque Jesus derramou seu sangue por nós.

A beleza disso é que não precisamos mais viver uma vida perguntando se Deus nos ama ou não. Romanos 5:8 martela um prego definitivo e sustenta a prova máxima que Deus poderia nos dar para dizer que nos ama realmente. Assim diz o texto: “Deus prova seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores”. Nós não merecíamos, mas Ele provou como de fato nos ama.

Quero encerrar o texto, fazendo uma pergunta e respondendo logo em seguida. Como você viverá sabendo dessa notícia maravilhosa? A única resposta apropriada é esta: “Ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” ( 2 Co 5:15).

Ainda maravilhado com tamanho amor,